Livros, Bibliotecas e Livrarias: Coisas para amar em Oxford

Rolê em Oxford é assim: uma ode de amor aos livros. Amo, amo, amoooo!!!
Hj, primeiro dia de volta as aulas da cria, me dei de presente horas pra fazer aquilo que nutre a vida: andar, sentir, tocar, conhecer, perceber, capturar, pensar, admirar, amar e agradecer a oportunidade de estar nessa terra, nesse lugarzinho que nunca nem nos mais loucos sonhos imaginei estar. O plano era finalmente fazer o tour pela Biblioteca Bodleiana (em inglês: Bodleian Library) que é a principal biblioteca de pesquisa da Universidade de Oxford, uma das mais antigas da Europa e na Inglaterra só perde em tamanho para a Biblioteca Britânica. Mas não deu tempo hj.
Volto logo, sua linda ❤️.

Em uma das livrarias mais lindas da minha lista desse mundo, garimpo títulos que me falem de como o mundo lê o Brasil. Encontro, e a tristeza e certeza que o nosso pior é visto e entendido.
.
Brazillionaires
“Não há como entender o Brasil, (…), sem entender como um punhado de bilionários molda a política, a mídia e a economia do país. Com seus insights e reportagens profundas, Alex é uma voz contar essa história de excesso, corrupção e uma sociedade dividida entre a esperança e a turbulência. ” Glenn Greenwald
.
Rio de Janeiro, extreme city
“A book as rich and sprawling as the seductive metropolis it evokes, Rio de Janeiro builds a kaleidoscopic portrait of this city of extremes, and its history of conflict and corruption. Luiz Eduardo Soares tells the story of Rio through the everyday lives of its people: gangsters and police, activists, politicians, and struggling migrant workers, each with their own version of the city. Taking us on a journey into Rio’s intricate world of favelas, beaches, and corridors of power, Soares reveals one of the most extraordinary cities in the world in all its seething, agonistic beauty”.
.
Alguns poucos e parcos Heróis.
.
E numa exposição dentro de outro espaço de leitura, uma citação de Darwin sobre visita ao Brasil, que me fez buscar saber mais… e ah! Que tristeza, que horror.
“On the 19th of August we finally left the shores of Brazil. I thank God, I shall never again visit a slave-country. To this day, if I hear a distant scream, it recalls with painful vividness my feelings,(…). I suspected that these moans were from a tortured slave kept screws to crush the fingers of her female slaves. I have stayed in a house where a young household mulatto, daily and hourly, was reviled, beaten, and persecuted enough to break the spirit of the lowest animal. I have seen a little boy, six or seven years old, struck thrice with a horse-whip (before I could interfere) on his naked head, for having handed me a glass of water not quite clean; (…). These latter cruelties were witnessed by me in a Spanish colony, in which it has always been said that slaves are better treated than by the Portuguese, English, or other European nations.“

E na entrada do mais estrelado shopping da cidade, em vez de uma loja top vendendo bolsa e sapato a preço de ouro, em Oxford temos uma linda, maravilhosa, moderna, imensa, atualizada, completa, informatizada Biblioteca Pública. Amo essa tbem.
É muito demais para quem ama livro né não?!
Eita rolê bom, gente! Mesmo com os incômodos doídos que os garimpos e achados sobre o Brasil trouxeram, a alegria de ver a cabeça e o coração descobrindo novas perspectivas e olhares ajudam a dar um cabo da saudade de tanta gente que está aí longe. E do Brasil que um dia em vivi e que não existe mais hoje.

Deixe um comentário